ARTIGO: A FUNÇÃO COGNITIVA DA METÁFORA NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA
Profa
MSc. Niuza Eugênia do Amaral Lima
e
Prof.Dr.Ph.D.Ronaldo
Luiz Nagem
Resumo:
Neste artigo buscamos relatar as concepções teóricas
do termo metáfora para além de uma figura de linguagem com o objetivo de
aprofundar o estudo da sua função cognitiva, considerando as diversas definições para o termo
encontradas na literatura científica de Aristóteles (séc. IV a.c) a Ronald
LANDHEER (2002) da Universidade de Leiden, Pays-Bas (Holanda), passando por
RICOEUR (1975), LAKOFF & JONHSON (2002) e outros. Nas últimas décadas a
metáfora tem se constituído em um recurso para os teóricos da argumentação.
Grandes estudiosos se referem à metáfora sob um paradigma de função cognitiva e
um desempenho conceptual que favorece a construção do conhecimento, o processo
de ensino e de aprendizagem de tal modo que, de uma concepção de enigma, a
metáfora passa a ser a solução do enigma. Entendendo sob este prisma que o
raciocínio humano é analógico, que nosso cérebro realiza desde sempre conexões,
ou seja, que usa a semelhança como premissa para o entendimento e compreensão
do novo. A função cognitiva da metáfora atua sobre a semelhança, o análogo, o
conhecimento prévio e não sobre o abstrato ou controverso característicos da eloquência
da retórica. Na literatura atual nos
deparamos com o termo “metaforização”
que consiste no fato de construir uma metáfora com o objetivo de elucidar,
discernir, comunicar, instruir o que ocorre com frequência na Ciência e na
Tecnologia. Resultados preliminares
indicam uma linguagem metafórica presente se não em todos, em quase todos os
programas de computação, por exemplo. O principal questionamento deste artigo
será, pois o que é e qual é a função de uma metáfora e o quanto a metáfora é um
elemento importante no processo de entendimento da própria compreensão humana.
PALAVRAS-CHAVE:
Ciência e Tecnologia, metáfora, função cognitiva.